
Foto: Renan Mattos (Diário)
Os dias frios trouxeram esperança, mais movimento e vendas para o comércio santa-mariense. Mesmo que o quadro geral do setor seja de quedas ao longo do ano, como apresentado em reportagem do Diário na edição de ontem, depois que as temperaturas mais baixas chegaram, os consumidores foram às lojas procurar artigos como aquecedores, lareiras portáteis, fogões a lenha e até roupas mais apropriadas para o inverno.
O movimento chegou a pegar alguns lojistas de surpresa, como conta a subgerente das Lojas Becker, Adriana Charão, que diz estar com o estoque quase esgotado depois de uma semana de fluxo intenso. Ela diz que os eletrônicos, como aquecedores e lareiras elétricas, são os mais procurados e os que já apresentam poucas unidades nas lojas.
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Os preços variam de R$ 69 a R$ 300 para os aquecedores. As lareiras custam em torno de R$ 650. Já os fogões a lenha são de diversos tamanhos e variam de R$ 799 a R$ 2.999.
Enquanto as lojas de eletroeletrônicos podem estar com os estoques acabando, os estabelecimentos de confecções estão felizes em conseguir apresentar nas araras e prateleiras a coleção de inverno. A gerente da Grazziotin, Luciane Sena, diz que está com o estoque cheio e a loja pronta para receber os clientes. Ela conta que o último final de semana foi o melhor em vendas dos últimos meses, e registrou aumento de 40% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Sobre as roupas mais procuradas, Luciane aponta jaquetas, lãs, acrílicos, meias e outras itens mais pesados, propícios para espantar o frio.
CAUTELA
Mesmo que os lojistas comemorem o aquecimento nas vendas, os clientes admitem que estão cautelosos com as compras. A aposentada Neli da Silveira, 59 anos, buscava na tarde de ontem uma calça quentinha de abrigo. Ela diz que não compraria sem uma pesquisa de preço e foi na quarta loja que encontrou um valor do agrado de seu bolso.
Neli diz que ainda não está completamente abastecida para o inverno, porque precisa de uma estufa para garantir que o frio fique longe de casa. Contudo, disse que não compraria ainda ontem:
- Primeiro foi a calça, a estufa vai ser do próximo dinheiro que eu juntar. Uma coisa de cada vez - explica a aposentada.
Já a vendedora Maria Elaine Ferreira Machado, 66 anos, entrava em uma loja de roupas na tarde de ontem, com a garantia que era exclusivamente para pagar uma conta. Ela também gostaria de um aquecedor, mas afirma que primeiro vai quitar todas as contas e, se sobrar algo no orçamento, vai investir no eletroeletrônico.